sábado, 6 de setembro de 2008

Eu sou

Eu sou o antro da melancolia
eu sou em suma, a própria agonia.
A crise existencial em ponto final,
O karma sagrado dos pensadores.
Eu penso nas angustiantes dores,
E caio no meu profundo ego
e me pego a pensar em sociedade.
Concluo então que não vivo no meu tempo.
O espaço que me resta me conforta.
Eu sou aquele que fecha as portas,
aquele que ruge ao tormento dos ventos,
que viaja junto ao astral dos astros inertes.
Me pego no maior movimento uniforme,
e me reporto à tempos remotos
procurando algo que me informe
o sentido de todos conformes
e ilumine tudo como fotos.