Na cara do tempo, cuspo
no cume da vida, vivo
na estrutura débil do corpo, morro
no ápice da morte, durmo
Nada passou na teia de vasos alojado em meu crânio,
minha larga angústia cresce em meu peito,
Chronos tornou-se meu inimigo,
agora vivo sendo perseguido a cada passo,
e de passo-em-passo, corro,
fugindo da amargura do tempo,
com pernas atrofiadas meus passos despencam,
Chronos me alcança, esbranquecendo,
envelhecendo, envelhecendo...
vou durmindo,
definhando definhando...
sonhando,
morrendo, morrendo...
tapeçaria
Há 2 anos
0 comentários:
Postar um comentário