quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Variedade de almas

Na variedade das verdades,
cultivo a sinceridade.
O entendimento deixo de lado,
na vacuidade do lado avesso dos versos,
longe das adversidades.
Do parnasianismo, não busco o entendimento,
conceitos faço que não entendo.
I Shin Denshin, pras mentes estáticas.
Minha tática, na prática não vira palavra.
Ao vento toda a pragmática.
Semente, o corpo, pura matéria.
Na mente, a sabedoria etérea,
na silhueta da membrana,
quando como se sonharia
com a verdadeira melhoria
da estérea matéria mundana.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Inerência Coerência

Intrigante como a verdade
dura, vibrante, real.
Torna as coisas ébrias
e claras como o opaco,
e seguem,
na frente, retas...
e tremem
no laço da fita,
e fitam
e observam literalmente
a mente
e sente, como se nada
pudesse tomar conta
como se tudo
desvirasse a bronca
como se a capacidade
da sinceridade
fosse inerente
na necessidade
de ser coerente.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Na cabeça que várias pensa

A terra, o sol, as contelações.
A água, o céu, as emoções.
O ar, o mar, o cantar.
O fogo, a agonia, o amargo.
O peito, o leito, o berço.
Envelheço, revejo, penso.
Mudo, e percebo, mudança,
caminho, sigo, trilho.
Faço parte da mente maior;
reuno-me com o universo,
conjuro por futuros
na total paz e liberdade.
Vivo a mais eterna
eternidade.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Blazares

Se encontrar fosse achar,
acho que perderia a cabeça
tentando encontrar um lugar,
onde não só em músicas e poesias
se escondessem além-céu, além-mar.

Onde tudo fosse uma confusão de cores e bem-estar.
Como sendo um blazar, explodindo em paz e energia,
gritando, emanando toda agonia, todo amor e alegria,
exprimindo tudo reconhecido até onde a imaginação chegar.

Somos isso, somos blazares.
Às vezes sortes, às vezes azares,
mas sempre expressando,
sempre emanando,
sempre explodindo
em diferentes lugares.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Entendimento sequelado

Eu vou é tirar o lugar da cabeça.
Fazer com que a voz emudeça.
Vida não é lugar que padeça.
Não basta só que a pessoa cresça,
tem que ter desenvoltura.
Não basta só altura,
tem que ter a honra dura.
Alí, tesa, pronta pra hora,
que por aqui, por alí, não demora
sem que se faça a soma das horas.

E assim vai voando.
Sem dor, sem sofrimento.
Longe no vento, guiando,
pelo real e difícil
caminho do desenvolvimento.

No meio, nomeio as coisas,
saio espalhando. Dizendo
que assim são chamadas
porque assim são, coisas!
Prazer, meu nome é coisa
mas na realidade, o que é isso,
coisa?
Aí as palavras batem asas
e no fundo dessas casas,
o entendimento do mundo ecoa.
Sem significância, o significado
perde o seu valor, e assim, só é falado
o idioma do amor sequelado.

E assim vai voando.
Sem dor, sem sofrimento.
Longe no vento, guiando,
pelo longo caminho
do desenvolvimento.