Poesia não é regra
que se aplique.
É coisa de pau-a-pique,
ar que se recarrega
dentro do alambique.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
E poesia se explica?
Escrito por Glauber Marinho às 01:17 7 comentários
Falando em rima
Será que existe clima
pra uma peleja?
Algo de esgrima,
com gramática,
mas nada de física
ou matemática.
Somente o que
o sentido almeja.
Escrito por Glauber Marinho às 00:56 0 comentários
Dando corda à poesia
Se meu violão falasse.
Ele, cantando, diria:
mulher, minha viola.
Toca o amor
nas minhas cordas?
Desce uma cerveja
e arranca a tristeza
quem me assola.
Toca esse samba
sem falar de amor,
tristeza, melancolia.
Dessa vez quero
que presenteie com calor
e encha a roda de alegria.
Se meu violão falasse.
Diria: mulher, viola minha
violão e viola é a sina
de um amor com samba
e esse amor nasce nas cordas,
começa na sua
e termina na minha.
Escrito por Glauber Marinho às 00:02 2 comentários
sábado, 20 de fevereiro de 2010
atravessei o mundo inteiro
e parei no meio
agora tô parado no meio
do mundo inteiro.
é brincar com a palavra
feito o mar com a maresia
quero o pacto
da alma com o intacto
Escrito por Glauber Marinho às 06:17 4 comentários
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Do amor
Platônico acontecimento,
que não entra e nem cabe
na memória e no esquecimento.
Incompreensível mistura.
queima por dentro,
invade com candura, e
por muitas congela o tempo.
Às vezes arma outras desarma,
uns dizem calma, outros, é karma.
Mas o que ninguém diz é,
te acalma, tenha paciência.
Um dia ele vem é buscar tua alma.
Escrito por Glauber Marinho às 17:03 7 comentários
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
A sombra da luz de um poeta
Poeta, bendito poeta.
Consegue enxergar luz
que a sombra projeta.
Poeta, que a palavra seduz.
Como a dança das gueixas
num cabaré de paris.
Como todas as queixas
que o mundo bem diz.
Poeta, que ama,
mas ama tanto
que reclama.
Portanto, poeta,
projete-se na luz
que a sombra acerta.
Escrito por Glauber Marinho às 23:31 0 comentários
Ao que resta
Ao que a ciência me diz
sobre o alvo centrismo,
e ao que a experiência condiz
em acordo com o egocentrismo.
Ao que ontem gritei,
que hoje se cala.
Amanhã serei depois,
e antes de toda fala.
Não me cabe dizer
nada a ninguém.
Não cabe a mim condizer
o que rezo com um amem.
Se o que prezo
está mais aquém
do que gostaria
e além disso tudo
ainda me resta alegria.
Escrito por Glauber Marinho às 23:26 0 comentários
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Haicais
no frio que seja,
trazem o inferno.
escuro da história.
Oh dor do açoite.
Ás claras, decência.
Ás cinzas, prudência.
é espancada
pela preguiça que bate.
Escrito por Glauber Marinho às 13:10 4 comentários